quinta-feira, 17 de dezembro de 2009
Então é Natal
Como estrelas caídas do céu, a cidade
Cintila em cordões de luz...
Verdes pinheiros adornados
Indiferentes....
Agonizam,
Empoeiram...
Coloridos papéis embrulham expectativas
E são devorados por olhos inocentes...
E as mesas....
Mesas fartas, mesas vazias...mesas de Natal
Do cristal ao roto copo plástico
Da porcelana ao prato lascado
Mesas de Natal...
Em algum lugar....
Inerte, repousa
Um Presépio
Alguém vai lembrar...
Alguém sempre se lembra
Que hoje é apenas
O aniversário de Jesus!
Cintila em cordões de luz...
Verdes pinheiros adornados
Indiferentes....
Agonizam,
Empoeiram...
Coloridos papéis embrulham expectativas
E são devorados por olhos inocentes...
E as mesas....
Mesas fartas, mesas vazias...mesas de Natal
Do cristal ao roto copo plástico
Da porcelana ao prato lascado
Mesas de Natal...
Em algum lugar....
Inerte, repousa
Um Presépio
Alguém vai lembrar...
Alguém sempre se lembra
Que hoje é apenas
O aniversário de Jesus!
quinta-feira, 22 de outubro de 2009
Queria poder fazer mais...
Era um banco velho e o tempo lhe havia gasto as formas. Estava lá desde que a praça havia sido inaugurada. Cansado. Nem lembrava mais de quantas historias já vivenciara. Quantas vezes se apaixonara. Quantas desilusões partilhara. O quanto de vida tivera. Quantas vezes se dilatara com os raios quentes do sol, absorvera gotas de suor de corpos cansados. Sentira até o gosto de sorvete, esparramado por crianças espevitadas. Voltava então a se sentir jovem. Outras tantas se contraíra sob a geada do inverno. E se aconchegava sob jornais e algum corpo magro e tremulante. Tivera sobre si pássaros, que anunciavam o novo dia, algum vira lata que o infestava de urina fétida, mesmo assim se sentia útil.
Era apenas um banco velho. Dividi com ele a minha inércia. Perguntei a ele os meus por quês. Choramos juntos.
Era apenas um banco velho. Dividi com ele a minha inércia. Perguntei a ele os meus por quês. Choramos juntos.
terça-feira, 20 de outubro de 2009
Vergonha...
Moro num país lindo, colorido e corrupto. Um país onde os valores se inverteram. Onde estão os homens corajosos que empunhavam espadas, honra e defendiam essa terra? Perderam-se no ostracismo. No comodismo. Na falta de perspectiva.
Moro num país de mil paisagens, de raças múltiplas, variadas culturas e sem educação. Moro num Brasil...sem brasilidade. Disso tenho vergonha!
Moro num país de mil paisagens, de raças múltiplas, variadas culturas e sem educação. Moro num Brasil...sem brasilidade. Disso tenho vergonha!
sábado, 17 de outubro de 2009
Meio que...
To, assim, com vontade:
De sorvete de baunilha
De jujubas coloridas
De saltar amarelinha
Na calçada da vizinha
To, assim, to que to
Ficando querendo ir
Um pouco de muito tudo
Um grito, quase mudo
To estória incompleta
Vontade de fazer
Doces bobagens
Felizes traquinagens
Afinal: É primavera !
De sorvete de baunilha
De jujubas coloridas
De saltar amarelinha
Na calçada da vizinha
To, assim, to que to
Ficando querendo ir
Um pouco de muito tudo
Um grito, quase mudo
To estória incompleta
Vontade de fazer
Doces bobagens
Felizes traquinagens
Afinal: É primavera !
quarta-feira, 14 de outubro de 2009
Lugares Mágicos
Dados os devidos telefonemas. Explicado que havia razões para fotografar as ruínas da casa, para eternizá-la numa tela. Encontrada a devida lógica: ”Ela sempre teve jeito para isso” Estava eu de posse da chave da propriedade.
Fazia algum tempo que eu procurava uma casa antiga, mas foi uma música, “Lili Marlene” que me fez lembrar da casa de “Frichien e Fones”, eram esses os nomes que minha memória reconhecia. Tão próximo de casa...
O velho portão gemeu ao meu esforço em abri-lo. Insisti em ir pela entrada antiga. E lá estava o jardim...orquídeas floresciam indiferentes a ação do tempo, e de repente tudo se iluminou...revi as camélias brancas, rústicas rosas e por entre canteiros a menina de cachos dourados desvendando segredos.
E a casa...continuava mágica. A enorme varanda, onde eu sentava num banquinho e sob os severos olhos de Frichien, ensaiava minha estréia no teatro. Minha única inspiração era o enorme biscoito colorido e o copo de framboesa que eu ganharia se me saísse bem no ensaio. “Lili é uma boneca,que fala,que chora,que ri...”
Me vi cantarolando...a porta, caída me permitia a entrada na casa...e as mil recomendações que havia o risco de desmoronar foram rapidamente esquecidas. Percorri, com olhos e mãos os cômodos...isntintivamento me vi com os dedos cruzados com força as costas e ouvi outra vez a recomendação: “Não mexa em nada”. Ah! Que vontade de tocar na bailarina rosa e esguia que ficava na mesinha de centro, sempre incansável na mesma posição...mesmo quando as notas de Wagner enchiam o ambiente e embalavam o Sr..Fones na sua cadeira de balanço e com voz macia me chamava. “Mädchen Marichien”
Não...não poderia pintar aquela casa...ela jamais estará em ruínas. Tudo nela é intenso demais. Feliz demais. O ensaio ainda não acabou.
“Lili é uma boneca, que fala, que chora, que ri...já esta ficando sapeca...”
Fazia algum tempo que eu procurava uma casa antiga, mas foi uma música, “Lili Marlene” que me fez lembrar da casa de “Frichien e Fones”, eram esses os nomes que minha memória reconhecia. Tão próximo de casa...
O velho portão gemeu ao meu esforço em abri-lo. Insisti em ir pela entrada antiga. E lá estava o jardim...orquídeas floresciam indiferentes a ação do tempo, e de repente tudo se iluminou...revi as camélias brancas, rústicas rosas e por entre canteiros a menina de cachos dourados desvendando segredos.
E a casa...continuava mágica. A enorme varanda, onde eu sentava num banquinho e sob os severos olhos de Frichien, ensaiava minha estréia no teatro. Minha única inspiração era o enorme biscoito colorido e o copo de framboesa que eu ganharia se me saísse bem no ensaio. “Lili é uma boneca,que fala,que chora,que ri...”
Me vi cantarolando...a porta, caída me permitia a entrada na casa...e as mil recomendações que havia o risco de desmoronar foram rapidamente esquecidas. Percorri, com olhos e mãos os cômodos...isntintivamento me vi com os dedos cruzados com força as costas e ouvi outra vez a recomendação: “Não mexa em nada”. Ah! Que vontade de tocar na bailarina rosa e esguia que ficava na mesinha de centro, sempre incansável na mesma posição...mesmo quando as notas de Wagner enchiam o ambiente e embalavam o Sr..Fones na sua cadeira de balanço e com voz macia me chamava. “Mädchen Marichien”
Não...não poderia pintar aquela casa...ela jamais estará em ruínas. Tudo nela é intenso demais. Feliz demais. O ensaio ainda não acabou.
“Lili é uma boneca, que fala, que chora, que ri...já esta ficando sapeca...”
sábado, 3 de outubro de 2009
Guerras...
Guerrilheiras...
Guardam as armas, sentam na grama
E respiram paz...
Aquietam a mente, sentem perfumes
E amam nas manhãs
Guerrilheiras...
Retocam a maquiagem, brincos de strass
Cheiro de fêmea, submissa.
Permitem-se
Na força frágil que repousa
Sempre em alerta.
Portanto... me deixe quieta
Não desperte as defesas,
Não me faça lutar
É sempre doloroso vencer
É sempre frustrante perder.
Guardam as armas, sentam na grama
E respiram paz...
Aquietam a mente, sentem perfumes
E amam nas manhãs
Guerrilheiras...
Retocam a maquiagem, brincos de strass
Cheiro de fêmea, submissa.
Permitem-se
Na força frágil que repousa
Sempre em alerta.
Portanto... me deixe quieta
Não desperte as defesas,
Não me faça lutar
É sempre doloroso vencer
É sempre frustrante perder.
sexta-feira, 2 de outubro de 2009
Perspectivas...
Sexta-feira.
Véspera de fim de semana.
Pé frio.
Vento sul.
Gatos no muro.
Apenas um dia.
Antes de outros dias.
Solidão.
Mitridatismo.
Dúvidas.
Véspera de fim de semana.
Pé frio.
Vento sul.
Gatos no muro.
Apenas um dia.
Antes de outros dias.
Solidão.
Mitridatismo.
Dúvidas.
quarta-feira, 30 de setembro de 2009
E eu...penso em ti
Entardece a alma
Voltam para casa os pássaros
Nuvens desenham saudades
Ventos varrem lembranças
Flores exalam esperanças
E penso em ti...
Cheiro de café recém passado
Gato enroscado no sofá
Uma novela idiota na TV
E pensamentos perdidos
Alguns tão sofridos
E penso em ti...
Vai-se o inverno
Parte o trem
Vai se a vida
Parte o tempo
Em mil pedacinhos
Tiquetaqueados no relógio da parede
Em cada um deles
Penso em ti...
Voltam para casa os pássaros
Nuvens desenham saudades
Ventos varrem lembranças
Flores exalam esperanças
E penso em ti...
Cheiro de café recém passado
Gato enroscado no sofá
Uma novela idiota na TV
E pensamentos perdidos
Alguns tão sofridos
E penso em ti...
Vai-se o inverno
Parte o trem
Vai se a vida
Parte o tempo
Em mil pedacinhos
Tiquetaqueados no relógio da parede
Em cada um deles
Penso em ti...
sábado, 19 de setembro de 2009
Procuras...
Onde estarão?
Teus passos que te levam
De pontos desencontrados
Para lugar algum?
Onde estarão?
Tuas mãos, desajeitadas.
Que desenham no ar
Formas imaginadas...
Onde estará?
Teus olhar ansioso
Que busca a imagem perdida
Que tiveste medo de compor.
Tão perto, tão longe, tão óbvio
Onde estará?
Aquele momento certo,
De desvairada loucura
Em que a razão vai embora
E no caos da ilusão.
Te acharas em mim.
Teus passos que te levam
De pontos desencontrados
Para lugar algum?
Onde estarão?
Tuas mãos, desajeitadas.
Que desenham no ar
Formas imaginadas...
Onde estará?
Teus olhar ansioso
Que busca a imagem perdida
Que tiveste medo de compor.
Tão perto, tão longe, tão óbvio
Onde estará?
Aquele momento certo,
De desvairada loucura
Em que a razão vai embora
E no caos da ilusão.
Te acharas em mim.
quinta-feira, 10 de setembro de 2009
Amor pequeno
Sou a página em branco
do livro de amanhã
a folha da árvore
que ainda é semente
demente!
insolente!
me escreva
me plante
me cultive
me enlouqueça
e depois esqueça!!!!
do livro de amanhã
a folha da árvore
que ainda é semente
demente!
insolente!
me escreva
me plante
me cultive
me enlouqueça
e depois esqueça!!!!
sexta-feira, 14 de agosto de 2009
o segredo de Paris....
Ir a Paris...
Ir a Paris é dividir um café e a manta xadrez
Um filme no dvd
Um livro com orelhas de burro
É ter vontade de rir
É aperto no coração
É medo de não acertar
É cuidado pra não errar...
E a tal confusão de não saber...
É o complicado do simples
É o difícil do fácil
É o rascunho rabiscado
É a mala vazia e aberta...
Um papel sem história
A ânsia do pré começo
É a espera na estação..Ir a Paris...
É simplesmente...
Apaixonar-se...
Ir a Paris é dividir um café e a manta xadrez
Um filme no dvd
Um livro com orelhas de burro
É ter vontade de rir
É aperto no coração
É medo de não acertar
É cuidado pra não errar...
E a tal confusão de não saber...
É o complicado do simples
É o difícil do fácil
É o rascunho rabiscado
É a mala vazia e aberta...
Um papel sem história
A ânsia do pré começo
É a espera na estação..Ir a Paris...
É simplesmente...
Apaixonar-se...
terça-feira, 4 de agosto de 2009
Niverssss
Primeiro são balões coloridos
Bolo de chocolate
E um monte de presentes
Depois são CDs e vídeos
Churrasco com amigos
E um porre de três dias de ressaca...
Depois velas e vinho
Um jantar romântico
Um brilhante
E agora?
Agora são abraços de amigos
Um viva de ano a mais
Uma conquista de tempo
Mas, de todos as épocas
Fica o gostinho tão bom
De fazer aniversário!!!!
Bolo de chocolate
E um monte de presentes
Depois são CDs e vídeos
Churrasco com amigos
E um porre de três dias de ressaca...
Depois velas e vinho
Um jantar romântico
Um brilhante
E agora?
Agora são abraços de amigos
Um viva de ano a mais
Uma conquista de tempo
Mas, de todos as épocas
Fica o gostinho tão bom
De fazer aniversário!!!!
sexta-feira, 31 de julho de 2009
triste...
Estou de inverno
De alma fria
Feia, encolhida e vazia.
Preciso tanto de sol
De uma janela pra abrir
De uma flor pra cuidar
Estou xícara de café frio
Cinzeiro cheio
Paisagem plúmbea
Tão longe de mim
Estou chata
Implicante e insensata...
Hibernando
Estou com medo
Estou só...
De alma fria
Feia, encolhida e vazia.
Preciso tanto de sol
De uma janela pra abrir
De uma flor pra cuidar
Estou xícara de café frio
Cinzeiro cheio
Paisagem plúmbea
Tão longe de mim
Estou chata
Implicante e insensata...
Hibernando
Estou com medo
Estou só...
sábado, 9 de maio de 2009
( reprise)
Não sou boa em escrever sobre saudades.
Talvez, porque eu pare e sofra tudo de uma vez e depois encerre.
Mãe...tenho certeza que onde estás...estás bem!!!!
.........................................................................................
aDeus
Mães não morrem
Perdem a embalagem...
E jogam a essência no ar.
Ficam nos detalhes, presente
Na cor do vestido mais usado
No gosto da fruta preferida
No papel do bom bom
No canto do sabiá,
No inicio da primavera
Mães ficam na rotina
Da receita do bolo
Do levar a escova de dente..
Do casaco, para o frio
Da hora de voltar....
Mães, sempre estarão lá
Mesmo com passos sem rastros
Mesmo figuras sem sombra...
Mesmo quando vão aDeus !.
ainda é verdadeiro...
Talvez, porque eu pare e sofra tudo de uma vez e depois encerre.
Mãe...tenho certeza que onde estás...estás bem!!!!
.........................................................................................
aDeus
Mães não morrem
Perdem a embalagem...
E jogam a essência no ar.
Ficam nos detalhes, presente
Na cor do vestido mais usado
No gosto da fruta preferida
No papel do bom bom
No canto do sabiá,
No inicio da primavera
Mães ficam na rotina
Da receita do bolo
Do levar a escova de dente..
Do casaco, para o frio
Da hora de voltar....
Mães, sempre estarão lá
Mesmo com passos sem rastros
Mesmo figuras sem sombra...
Mesmo quando vão aDeus !.
ainda é verdadeiro...
Páscoa ou páscoa?
( Escrevi esse texto e não publiquei. Eu faço dessas coisas....)
Eu tenho uma série infindável de defeitos, e graças a eles consigo conviver com a raça humana. Mas talvez o pior deles seja a enorme dificuldade que tenho de entender alguma datas festejadas pelos meus irmãos em fé..
Quando me pediram para escrever algo sobre a Páscoa, imediatamente, três imagens me ocuparam a mente:
JESUS - COELHO - OVO.
Já me explicaram das mais variadas forma possíveis a relação que há nesse simbolismo. Desde leigos a conceituados teólogos.
Durante quase dois anos participei de um grupo de estudos bíblicos e eles me esclareceram muitas dúvidas e acentuaram outras.
Sexta-feira Santa devo ficar triste. Porque os homens mataram Jesus. E ao mesmo tempo eles me dizem que deveria acontecer exatamente assim. Que Deus, um Ser de Infinita Bondade sacrifica o próprio filho para salvar a raça humana. Mas se foi Deus que nos fez?! Não estaria se auto corrigindo? Se é Perfeito, por quê nos fez tão tortos? E porque nos transmite um exemplo de que só nos podemos redimir por um ato de extrema violência e quer que preguemos a paz? Enquanto nos esquivamos de espinhos de peixe.
Sábado para esquecer o assunto, e como todo brasileiro que se preza, corremos as ruas a procura de ovos.
Domingo...alegria. Jesus vai para o céu. E nós nos empanturramos de chocolate e festejamos o Coelho.
Desculpem-me, sou pequena demais para escrever sobre isso. Não sou uma religiosa fanática. Mas dessa história toda há algo que respeito: “Ama o teu próximo como a ti mesmo.”
Quanto a ovos? Quanto a coelhos? Ah! Como quando tiver vontade de fazê-lo. Qualquer um dos dois. E nem por isso serei menos pecadora.
E explica para as crianças...que coelho não é galinha, mas o símbolo da fertilidade. E que não usa camisinha e é o animal mais machista que conheço...e que aquele bichinho fofinho só serve para comer, trepar e fazer os adultos mentirem.
E ainda querem que eu entenda esse mundo? Ah! Vou comer um chocolate para esquecer tudo isso.
Eu tenho uma série infindável de defeitos, e graças a eles consigo conviver com a raça humana. Mas talvez o pior deles seja a enorme dificuldade que tenho de entender alguma datas festejadas pelos meus irmãos em fé..
Quando me pediram para escrever algo sobre a Páscoa, imediatamente, três imagens me ocuparam a mente:
JESUS - COELHO - OVO.
Já me explicaram das mais variadas forma possíveis a relação que há nesse simbolismo. Desde leigos a conceituados teólogos.
Durante quase dois anos participei de um grupo de estudos bíblicos e eles me esclareceram muitas dúvidas e acentuaram outras.
Sexta-feira Santa devo ficar triste. Porque os homens mataram Jesus. E ao mesmo tempo eles me dizem que deveria acontecer exatamente assim. Que Deus, um Ser de Infinita Bondade sacrifica o próprio filho para salvar a raça humana. Mas se foi Deus que nos fez?! Não estaria se auto corrigindo? Se é Perfeito, por quê nos fez tão tortos? E porque nos transmite um exemplo de que só nos podemos redimir por um ato de extrema violência e quer que preguemos a paz? Enquanto nos esquivamos de espinhos de peixe.
Sábado para esquecer o assunto, e como todo brasileiro que se preza, corremos as ruas a procura de ovos.
Domingo...alegria. Jesus vai para o céu. E nós nos empanturramos de chocolate e festejamos o Coelho.
Desculpem-me, sou pequena demais para escrever sobre isso. Não sou uma religiosa fanática. Mas dessa história toda há algo que respeito: “Ama o teu próximo como a ti mesmo.”
Quanto a ovos? Quanto a coelhos? Ah! Como quando tiver vontade de fazê-lo. Qualquer um dos dois. E nem por isso serei menos pecadora.
E explica para as crianças...que coelho não é galinha, mas o símbolo da fertilidade. E que não usa camisinha e é o animal mais machista que conheço...e que aquele bichinho fofinho só serve para comer, trepar e fazer os adultos mentirem.
E ainda querem que eu entenda esse mundo? Ah! Vou comer um chocolate para esquecer tudo isso.
segunda-feira, 4 de maio de 2009
Eu e os Sinos Roxos
O velho portão estava coberto de heras. Um dia em algum lugar li que aquelas flores roxas, parecendo sinos, eram as preferidas da rainha Elizabeth. Aqui deveriam estar as primas pobres, pois a ninguém chamavam atenção.Não que fossem feias...de um roxo vivo. mesclado ao lilás suave, desprovidas de perfume e de uma fragilidade quase irritante.
Não permitiam o toque humano. Talvez houvesse nelas sapiência.
Abrir o portão implicava em desorganizar a bela construção que, natureza-tempo havia ali construído. Não me senti com tanto poder.
Fiquei ali não sei quanto tempo. O objetivo era entrar e fotografar a velha casa em estilo gótico, perfeita para uma tela. Indiferentes a minha indecisão, os sinos roxos permaneciam imóveis. Fotografei-os e estagnei a imagem na câmera digital. Era um belo espetáculo. Belo o suficiente para mudar meus planos. Continuei a fotografar, agora detalhes, para captar nuances de cores e formas. Nesse momento um raio de luz, espalhou-se sobre elas. Por entre os ramos, o sol achou um pequeno espaço e cobriu de brilho as cores. Onde acharia eu cores para captar tanta magia?
Quantos mundos dentro de nosso mundo. Quantos pequenos espaços de vida. Lá estava eu, encantada com meu reino encantado recém descoberto.
Já não me doía mais a memória perdida. Havia novas descobertas. Seria como um parágrafo novo. O velho portão coberto de sinos roxos.
Sai de lá...sorriso aberto. Plantaria sinos roxos em mim.
Não permitiam o toque humano. Talvez houvesse nelas sapiência.
Abrir o portão implicava em desorganizar a bela construção que, natureza-tempo havia ali construído. Não me senti com tanto poder.
Fiquei ali não sei quanto tempo. O objetivo era entrar e fotografar a velha casa em estilo gótico, perfeita para uma tela. Indiferentes a minha indecisão, os sinos roxos permaneciam imóveis. Fotografei-os e estagnei a imagem na câmera digital. Era um belo espetáculo. Belo o suficiente para mudar meus planos. Continuei a fotografar, agora detalhes, para captar nuances de cores e formas. Nesse momento um raio de luz, espalhou-se sobre elas. Por entre os ramos, o sol achou um pequeno espaço e cobriu de brilho as cores. Onde acharia eu cores para captar tanta magia?
Quantos mundos dentro de nosso mundo. Quantos pequenos espaços de vida. Lá estava eu, encantada com meu reino encantado recém descoberto.
Já não me doía mais a memória perdida. Havia novas descobertas. Seria como um parágrafo novo. O velho portão coberto de sinos roxos.
Sai de lá...sorriso aberto. Plantaria sinos roxos em mim.
terça-feira, 28 de abril de 2009
A Volta
Ousei...afastei um pouco a cortina. O silencio pesado e úmido que havia lá fora não era maior que o vazio de dentro. A asa quebrada ainda estava dolorida e lá fora o céu continuava o mesmo, amplo, indiferente.
O inverno estava a caminho. Na savana de pedras as leoas matavam as crias. Disputa por um espaço de sol. O mundo encolhera...
Mas, o céu estava lá...
E eu queria voar!
Abri as asas...a dor da asa partida, acentuou. Era a hora...entre a covardia e a parca coragem.
Escancarei a porta e alcei vôo.
Sentir o vento, ver o sol, não ter onde ir, apenas ir...
E me senti melhor.
E voltei. E fui. E fiquei.
Vou voar e bailar em minha poesia, até ela me possuir.
Vou me dar flores coloridas
Até que tinjam meus olhos de cores
Vou me abraçar até me sentir aconchegada
Vou fazer festa em mim
Vou me brindar
Até outra vez me achar bonita.
E quando a asa partida...sangrar.
Pousarei ao sol, até a ferida sarar.
Que morra...se preciso for
Mas, que morra em vida!
O inverno estava a caminho. Na savana de pedras as leoas matavam as crias. Disputa por um espaço de sol. O mundo encolhera...
Mas, o céu estava lá...
E eu queria voar!
Abri as asas...a dor da asa partida, acentuou. Era a hora...entre a covardia e a parca coragem.
Escancarei a porta e alcei vôo.
Sentir o vento, ver o sol, não ter onde ir, apenas ir...
E me senti melhor.
E voltei. E fui. E fiquei.
Vou voar e bailar em minha poesia, até ela me possuir.
Vou me dar flores coloridas
Até que tinjam meus olhos de cores
Vou me abraçar até me sentir aconchegada
Vou fazer festa em mim
Vou me brindar
Até outra vez me achar bonita.
E quando a asa partida...sangrar.
Pousarei ao sol, até a ferida sarar.
Que morra...se preciso for
Mas, que morra em vida!
segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009
O Tigre e a Libélula
Olhar perdido no horizonte
Ela espera...
Quando impacienta o tigre
Ele busca..
No encontro a magia
De dois seres sedentos
Serão apenas alguns segundos
Mas é todo tempo da vida.
Ele o tigre, que ronrona
Ela a libélula que baila a leveza
Neles a essência do amor
A loucura da paixão
A incompreensível razão
Parto de amor eterno.
Nunca me terás
Nunca te terei
Seremos sempre a página do romance
Que está para ser escrita.
Ela espera...
Quando impacienta o tigre
Ele busca..
No encontro a magia
De dois seres sedentos
Serão apenas alguns segundos
Mas é todo tempo da vida.
Ele o tigre, que ronrona
Ela a libélula que baila a leveza
Neles a essência do amor
A loucura da paixão
A incompreensível razão
Parto de amor eterno.
Nunca me terás
Nunca te terei
Seremos sempre a página do romance
Que está para ser escrita.
sábado, 24 de janeiro de 2009
Nada...
Nada...é quando o tudo ocupa espaço demais.
e esse mesmo tudo nada quer dizer
e esse mesmo nada
insiste em ser tudo
e esse mesmo tudo nada quer dizer
e esse mesmo nada
insiste em ser tudo
quinta-feira, 15 de janeiro de 2009
Um dia, eu vou...
Quando eu crescer, quero ser criança
E dançar cirandas, voltas, voltas, idas, vindas,
E sem precisar ir a algum lugar...
Quero ganhar um doce...
Por ser comportada
E me esconder no sótão
Com pensamentos sem vergonhas
Quando crescer, quero ser criança.
Rir, por rir, sonhar, por sonhar
Crer em coelhos ovíparos
Esconder os gnomos do jardim da esquina
Ser desculpada, dos atos falhos
Ficar feliz com as conquistas
E acreditar nos adultos....
Quando eu crescer....
Eu vou acreditar em fadas
E dançar cirandas, voltas, voltas, idas, vindas,
E sem precisar ir a algum lugar...
Quero ganhar um doce...
Por ser comportada
E me esconder no sótão
Com pensamentos sem vergonhas
Quando crescer, quero ser criança.
Rir, por rir, sonhar, por sonhar
Crer em coelhos ovíparos
Esconder os gnomos do jardim da esquina
Ser desculpada, dos atos falhos
Ficar feliz com as conquistas
E acreditar nos adultos....
Quando eu crescer....
Eu vou acreditar em fadas
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