domingo, 30 de setembro de 2007

Maria Filó


Deixa...

Deixa...
Eu te dar a mão
Olhar nos teus olhos
Te mostrar o sol
Deixa...
Ouvir a minha voz
Te contar de esperanças
De flores e de risos
Deixa ...
Te dar a minha força
Que nem eu sabia onde estava
Mas que procurei para ti
Deixa...
Eu ser concreta
Ser presente, incoerente...
Me deixa ser em ti.

Bobagens

Estar envolvida com adolescentes, além de nos encher de vida, traz situações inusitadas...
Recebi essa mensagem de texto no meu celular:

“Qual a mulher que nunca comeu:
Uma folha de alface por vaidade,
Uma caixa de Bis por ansiedade
E um cafajeste por saudade?”

Que bobagem...

Pensando bem...humm! Será?!

Escrito por Libélula /b-1

sábado, 29 de setembro de 2007

Aquarela 2


chuvas...

Chuva...
Chove...
Timidamente, temperando o ar ardente
Gotas de vida na relva seca
Renascimento.
Tempo de espera, pensamentos áridos.
De reconsiderações, de sabedorias inúteis.
De teorias decoradas e mal sabidas.
Tempo mal vivido...
Chove...
A continuidade da vida.
As evidências claras do sol escondido
E a dor das nuvens .
A minha dor, de saber que nada em mim mudou.
Que posso ser chuva...
Mas não posso renascer...
Chove...

sexta-feira, 28 de setembro de 2007

Meus amores....


Confusa...

As formas nebulosas
Desconhecidas...
Invadem meus poros,
E se dispõem, como se convidadas fossem.
Apossam, invadem, desorganizam...
E me deixam desconhecida de mim
Comem meus medos,
Destroçam meus pesares
E me deixam livre...
E assim tão estranha, decomposta.
Te busco para me encontrar
Me distraio, te extraio
Te escondo em mim
E esqueço de devolver...

quinta-feira, 27 de setembro de 2007

Para um amigo...violetas


Ventos...

...se eu fosse vento..Seria em forma de brisa que chegaria a você,e te embriagaria de poesia.As vezes eu te envolveria em caricias e ficarias te perguntando a razão desse arrepio bobo.Outras como menina travessa, espalharia teus papeis,e te veria a correr para reuni-los, enquanto jogarias sobre mim palavras nem tão elegantes, e um pouco impróprias para serem proferidas em publico, mas que se misturariam com minhas risadas. Noutras, como em quase sandice, te jogaria contra a parede como que querendo ocupar cada poro e te desintegrar em mil átomos e só te devolver a ti mesmo quando da incerteza dos limites;algo de mim em ti,algo de ti em mim..
...se eu fosse vento...seria vento mulher.

quarta-feira, 26 de setembro de 2007

Céu de champagne


Alguém , de longe

Ela é apenas mais uma na multidão.Sem ostentação.Gosta de subterfúgios, mas não se rende aos encantos da maquiagem.Ama o brilho e o colorido das pedras, jamais as usaria sobre si.Extasia-se com as cores do arco-íris e é de preto que se veste na maioria das vezes.
Gosta de frio, de gatos, de Tristania ,e só tem um amigo em quem confia.
Não sabe ao certo quem é, mas aprova o que conhece de si. Arrependimentos, os têm claro, das coisas que deixou de fazer, por medos estúpidos ,das que deixou de sentir, por preconceitos difíceis de derrubar.
Porque de tudo isso agora?
Talvez por ter encontrado espelhado sua sede de vida.As mesmas dúvidas e os mesmos anseios.
Talvez pelo doce sabor da insegurança, de outra vez se sobressaltar ao toque de mensagem do celular. Da leitura do e-mail.Do presságio de vida .De seres um vazio sem forma ,mas tão consistente de cores,cheiros e sabores.
Ela se esquiva do cotidiano, e monta castelos de frágeis estruturas, quase transparentes ,mas que possam filtrar a luz num prisma de ilusões.
Quer a flor que está em sua mão,arrepiando cada centímetro de sua pele, quer seu olhar tão perdido fixo sobre ela, a mente confusa, o instinto atropelando gestos, antes tão ensaiados e agora tão sem coordenação.
Quer cada pensamento, os mais contidos, os mais guardados, os mais sufocados se expondo num bailado de euforia descabida.
Ela quer momentos para preencher, os espaços vazios.Ela quer apenas viver.

terça-feira, 25 de setembro de 2007

Aquarela 1


Marcas...algumas

Marcas são pedaços de momentos que deixamos em alguém
Ou momentos marcados que deixam em nós
Marcas são possessivas, na pele, na roupa, na alma
Doadas ou recebidas, roubadas
Na hora do encontro, o sorriso
No toque de pele, o arrepio
Na entrega, a troca de nós
Nas marcas divididas do que fomos
E depois do amor o que somos
A não ser marcas esquecidas
A não ser marcas marcadas.

Quanto, o meu brejo, transborda em ouro....


segunda-feira, 24 de setembro de 2007