quinta-feira, 25 de outubro de 2007

Pedras....


Domigos

DiaDeDomingo
Dia de horas longas e pensamentos curtos
Quando voam os pássaros
Deixando ninhos vazios
De céu indeciso entre sol e nuvens
E ventos desnortiados
Dia de sonhos com gosto de chocolate
De bolachas com coca-cola
De enroscar no sofá
De olhares pela janela
Buscando amores não vividos
Que se foram escritos...existem!
Dia assim pasmacento...
Dia de Domingo...
(transcrito B1)

segunda-feira, 22 de outubro de 2007

primavera


Nada mudou....

Dancei valsas
Entre nuvens entardecidas
Ouvi óperas
Nas verdes vales do outono
Fiquei tão distraida
E mesmo assim
Nada mudou....

Comprei um cachorro
De olhar enternecido
Troquei de carro, sapato e gato
E assim de novo endereço
Fiquei toda colorida
Mesmo assim
Nada mudou...

Me tornei cibernética
Em bytes,e-mails,arquivos e virus
Nicks, salas, personagens
Me tornei conhecida, amiga, inimiga,atrevida
Mesmo assim
Nada mudou

Poetas, esses seres estranhos
Com alma de algodão doce
Sentem sem sentir limites
Amados por seus desamores
Poeta de mim,va embora
Para, o que restar de mim
Possa mudar...

sábado, 20 de outubro de 2007

Vida...


Esperanças....

Haverá o dia
De varandas verdes
E almas nuas
Desenhadas na fumaça
De um cigarro qualquer
De copos vazios
De toalhas tortas
De suores misturados
Em um canto qualquer
Haverá o dia
De esperas findas
De temores perdidos
De amores fluidos
Espalhados no chão
Haverá o dia
De paixões torpes
E tão descabidas
Que só quem ama
Sabe vivenciar....

quarta-feira, 17 de outubro de 2007

Ainda ela...a lua


Coisas, em coisas , de coisas

Coisas...
Há tantas coisas sem nome
Sem forma, sem razão, com razão
Que insistem em ficar
Num canto qualquer de mim
Coisas indecifráveis
Que chegam sem aviso
Que colam sem permissão
Que não ouso remover
Coisas absurdas e mágicas
Simples complexidade
Instintos em revolução
Que brigam, que riem, que amam
Que se bagunçam em mim
Deixam-me assim uma coisa
Cheia de coisas de mim.

quinta-feira, 11 de outubro de 2007

Lua, lua e meia...meia lua


Inútil

Inútil
Esperar...
Tempo perdido e sem janelas
Relógio sem pilha
Chá de losna
Melodia desafinada
Esperar...
Tempo perdido e sem janelas
Sapato apertado
Feijão sem sal
Conversa mal criada
Esperar...
Tempo perdido e sem janelas
Chaves perdidas
Idéias resumidas
Teimosia amofinada...
Esperar...
Tempo sem portas e janelas

quarta-feira, 10 de outubro de 2007

Doce, de um doce amigo


Eu & Eu

Eu & Eu.
Briguei comigo...
Não consigo me convencer
Que o pior de mim
E a parte que mais gosto!
Eu & Eu
Fiz as pazes comigo...
Consegui me convencer
Que o melhor de mim
E a parte que sempre esqueço!

terça-feira, 9 de outubro de 2007

segunda-feira, 8 de outubro de 2007

ha dias

Há dias...
Há dias que ausência tua
Torna-se tão presente
Seriam tantas as palavras que não saberia o quê dizer
Tantos sentimentos expostos
Tantos pontos de interrogação
Que só o silêncio entenderia
Há dias que ausência tua
Torna-se tão sem sentido
Que até consigo compreender
A pele sensível, os gestos incontroláveis
Lendas desvairadas
Rascunhos inexistentes
E sem ponto final.
Há dias que ausência tua
Fica nua em mim.

Flores de Filó


sábado, 6 de outubro de 2007

amar....

Venha para amar
Desse jeito
Incoerente
Carente
Indecente
Que só voce sabe fazer
Venha me amar
Dessa maneira
Manhosa
Carinhosa
Indecorosa
Que só voce sabe fazer
Venha me amar
Nessa mistura
Amiga
Querida
Perdida
Que só nós soubemos encontrar

Filó em Vacaria


quarta-feira, 3 de outubro de 2007

Faxina

Manhã...abri a janela,havia sol;
Lavei a alma
Cuidadosamente a estendi no varal.
Ao entardecer, recolhi:
Limpa.aquecida, almiscada!

terça-feira, 2 de outubro de 2007

Escleroses....

Coloquei acúçar no feijão!
E sal no café!
Preciso tomar providências...
E, com a máxima urgência,
Me apaixonar!!!

segunda-feira, 1 de outubro de 2007

Sexo Explicíto


Espera,espero

Era uma tarde morna, destas de fim de verão...
que convidam à preguiça.
Destas tardes de tarde demais,
De folhas amareladas que caem trocando as estações
Horas longas e inadequadas.
Penso em ti...pensa em mim.
Pensamento.
Se penso, é porque sei que pensas.
Sentimento.
Se sei, é porque sabes.
Inquietude...é o teu nome.
Espera é o meu.
O tempo sem tempo,
Que foge em nós
(Tranf.B1)