Ela é apenas mais uma na multidão.Sem ostentação.Gosta de subterfúgios, mas não se rende aos encantos da maquiagem.Ama o brilho e o colorido das pedras, jamais as usaria sobre si.Extasia-se com as cores do arco-íris e é de preto que se veste na maioria das vezes.
Gosta de frio, de gatos, de Tristania ,e só tem um amigo em quem confia.
Não sabe ao certo quem é, mas aprova o que conhece de si. Arrependimentos, os têm claro, das coisas que deixou de fazer, por medos estúpidos ,das que deixou de sentir, por preconceitos difíceis de derrubar.
Porque de tudo isso agora?
Talvez por ter encontrado espelhado sua sede de vida.As mesmas dúvidas e os mesmos anseios.
Talvez pelo doce sabor da insegurança, de outra vez se sobressaltar ao toque de mensagem do celular. Da leitura do e-mail.Do presságio de vida .De seres um vazio sem forma ,mas tão consistente de cores,cheiros e sabores.
Ela se esquiva do cotidiano, e monta castelos de frágeis estruturas, quase transparentes ,mas que possam filtrar a luz num prisma de ilusões.
Quer a flor que está em sua mão,arrepiando cada centímetro de sua pele, quer seu olhar tão perdido fixo sobre ela, a mente confusa, o instinto atropelando gestos, antes tão ensaiados e agora tão sem coordenação.
Quer cada pensamento, os mais contidos, os mais guardados, os mais sufocados se expondo num bailado de euforia descabida.
Ela quer momentos para preencher, os espaços vazios.Ela quer apenas viver.
quarta-feira, 26 de setembro de 2007
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