sexta-feira, 29 de agosto de 2008
Tristeza
Ela chegou cedo,
Frágil, sozinha, tímida.
E se deixou ficar.
Vestiu seu corpo translúcido de mim
E foi se ajustando a cada contorno
Seu hálito amargo me respirando
Seus braços frios me comprimindo
E eu me entregando
Me arranca pedaços,lambe migalhas
Me quer inteira
Rouba minha identidade
Já não me encontro mais
Meu nome é Tristeza!
Frágil, sozinha, tímida.
E se deixou ficar.
Vestiu seu corpo translúcido de mim
E foi se ajustando a cada contorno
Seu hálito amargo me respirando
Seus braços frios me comprimindo
E eu me entregando
Me arranca pedaços,lambe migalhas
Me quer inteira
Rouba minha identidade
Já não me encontro mais
Meu nome é Tristeza!
sexta-feira, 15 de agosto de 2008
Maria Brasil
Marias vestidas de chita
E perfume de camelõ
Correm atrás de ônibus
Esfregam e dão brilhos a panelas
Para comprar feijão
Marias vestidas de contas de vidro
Dançam com seus homens
E dividem sorrisos largos
Amam como meretrizes
Rezam como virgens
Marias vestidas de negro
Choram os filhos mortos
Os frágeis sonhos soterrados
As esperanças teimosas
De um amanhã melhor
Marias vestidas de verde
Guerreiras, mães, Marias
Incansáveis , invencíveis
Tem a verdadeira beleza
Da mulher, Maria Brasil.
E perfume de camelõ
Correm atrás de ônibus
Esfregam e dão brilhos a panelas
Para comprar feijão
Marias vestidas de contas de vidro
Dançam com seus homens
E dividem sorrisos largos
Amam como meretrizes
Rezam como virgens
Marias vestidas de negro
Choram os filhos mortos
Os frágeis sonhos soterrados
As esperanças teimosas
De um amanhã melhor
Marias vestidas de verde
Guerreiras, mães, Marias
Incansáveis , invencíveis
Tem a verdadeira beleza
Da mulher, Maria Brasil.
sexta-feira, 8 de agosto de 2008
Faxina
Manhã...abri a janela,havia sol;
Lavei a alma
Cuidadosamente a estendi no varal.
Ao entardecer, recolhi:
Limpa.aquecida, almiscada!
Lavei a alma
Cuidadosamente a estendi no varal.
Ao entardecer, recolhi:
Limpa.aquecida, almiscada!
segunda-feira, 4 de agosto de 2008
Amores virtuais
Uma lista de e-mails...cartas da era virtual
Guardadas no fundo da minha caixa de correio.
Tuas cartas...ficam.
Não há onde guarda-las
Livres demais para ficarem numa pasta
Intensas demais para serem rasgadas
Uma história mal contada, de um livro sem capa
Apenas um prelúdio
De um chegar sem ir a lugar comum
Temos o universo
E nele a nossa estrela
E haverá o tempo de esperas findas
Estaremos lá...
Enquanto isso, nos embebedamos em bocas estranhas
Em mãos sem tato e palavras sem som
Dois corpos de almas roubadas
Duas almas em corpos partidos
Mas em vibração contínua
Vida...nós a temos.
Guardadas no fundo da minha caixa de correio.
Tuas cartas...ficam.
Não há onde guarda-las
Livres demais para ficarem numa pasta
Intensas demais para serem rasgadas
Uma história mal contada, de um livro sem capa
Apenas um prelúdio
De um chegar sem ir a lugar comum
Temos o universo
E nele a nossa estrela
E haverá o tempo de esperas findas
Estaremos lá...
Enquanto isso, nos embebedamos em bocas estranhas
Em mãos sem tato e palavras sem som
Dois corpos de almas roubadas
Duas almas em corpos partidos
Mas em vibração contínua
Vida...nós a temos.
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